A positividade tóxica é um tema cada vez mais relevante no ambiente corporativo. Raphael Montes, autor de “Bom dia, Verônica”, “Jantar Secreto” e “Uma Família Feliz”, comentou em uma entrevista que pessoas que aparentam ter apenas pensamentos bons são “mentirosas”. Ele ressaltou que pensamentos negativos, como inveja e egoísmo, são partes inerentes da experiência humana e fundamentais para nossa formação.
Sim, é um problema. Já vivi essa situação em um ambiente onde a cultura era permeada por uma exigência constante de otimismo e positividade, independentemente das circunstâncias. O que, a princípio, parecia ser motivador acabou gerando desconfiança e afetando meus resultados individuais, além de impactar os resultados coletivos.
Quando somos obrigados a suprimir nossas emoções negativas e a mascarar preocupações genuínas com uma fachada de positividade, estamos, na verdade, criando um ambiente desonesto e pouco saudável.
A pressão para manter um sorriso constante pode levar à frustração, ao esgotamento emocional e à desconexão entre colegas. Isso ocorre porque, ao não reconhecer e lidar adequadamente com os desafios e sentimentos negativos, a equipe perde a oportunidade de crescer, aprender e se apoiar mutuamente de maneira autêntica.
A força de uma equipe está na sua capacidade de enfrentar altos e baixos juntos, com transparência e honestidade. Aceitar que somos humanos e que pensamentos negativos fazem parte da nossa natureza é o primeiro passo para criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Somente assim podemos construir relações de confiança e alcançar resultados verdadeiramente expressivos.
✔ Ficou interessado? Assista ao episódio do “Dois Pontos” do ESTADÃO que debate sobre o tema.
⏩ ⏩ Aproveite para deixar seus comentários sobre se o excesso de positividade pode ser um problema.